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quinta-feira, 29 de maio de 2014

O deputado-delegado que escondeu um envolvido no escândalo Youssef: ELE MESMO!

argolo

Considerado um dos canais de vazamento da Operação Lava Jato da Polícia Federal – que investiga a atuação do doleiro Alberto Youssef -, o ex-delegado e deputado federal Fernando Francischini, do partido Solidariedade (ex-PSDB), deixou de divulgar um dos nomes que surgiram nos grampos da polícia: ele próprio.

Seu nome foi diretamente envolvido nas negociações entre Yousseff e o deputado Luiz Argolo, também do Solidariedade.

Lá pelas tantas, Argolo diz a Yousseff que está fechando um acordo “que acho que vai dar certo”. “Francischini fica na liderança fazendo o papel combinado com a gente e eu farei como primeiro vice-líder o encaminhamento em prol do governo e do Palácio. Já falou comigo.”

A conversa se refere a um suposto acordo entre Argolo e a empreiteira OAS, representada pelo diretor Mateus Coutinho. Por ele, Argolo prestaria apoio ao Palácio e deixaria Francischini trabalhando na ponta contrária, de interesse da OAS.

Yousseff gostou do combinado:

- Ótimo, esse é o jogo. Depois colocamos Francisquini no bolso. Um de cada vez!

E elogia a esperteza de Argolo:

- Você é fodinha!

Depois, Argolo pergunta a Yousseff se deve aceitar a Comissão de Orçamento ou a vice-liderança do partido. Yousseff recomenda a vice-liderança, porque assim vai estar com o governo e terá mais controle sobre Francischini.

Provavelmente a estratégia de Francisquini, ao comandar o vazamento seletivo do inquérito Lava Jatos, foi ganhar imunidade dos jornais. De fato, vazaram até conversas entre o deputado André Vargas e Yousseff usando o nome do ex-Ministro da Saúde Alexandre Padilha em acordos totalmente improváveis.

Mas o acerto de Yousseff e Argolo, bastante provável – dado o fato de Francischini integrar o Partido de Argolo – permaneceu blindado.

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