Numa declaração feita em cartório de Manaus, o defensor - geral Tibiriçá Holanda, diz que foi pressionado por um delegado - George Gomes - e por uma defensora, Caroline da Silva Braz - a interferir no concurso da Defensoria, para "fazer aprovar alguns candidatos", mas que rechaçou a proposta. O mais grave da declaração de Tibiriçá é ele ter recebido, segundo conta, interlocutores que em nome do promotor Fábio Monteiro propunham encerrar o caso e desconsiderar a denúncia. Os emissários, o subdefensor público Gualberto Graciano de Melo e a defensora pública Monique Cruz. O promotor seria primo das candidatas que fizeram a denúncia - Ana Paula Braga e Juliana Braga.
Tibiriçá conta que no dia 26 de julho, o defensor público Ricardo Paiva, que tinha sua mulher como candidata, telefonou interpelando por que seu filho tinha tirado uma pontuação mais alta que a sua esposa.
No mesmo dia diz que foi visitado na sede da Defensoria por George Gomes, Caroline Braz, Ricardo Paiva, Juliana Braga e Nilton Melo, irmão do subdefensor público, que pediram entrasse em contato com o Instituto Cidades para resolver o caso das notas, mas conta que também rechaçou a proposta
Os candidatos amaçaram ir ao Ministério Público, caso o defensor geral não resolvesse o problema das notas. "Para surpresa do signatário no dia 28 de julho de 2011, voltou a receber telefonema de George Gomes, solicitando-lhe um encontro no seu gabinete, o que foi de pronto atendido, sendo autorizado que o mesmo para ali se dirigisse, voltando novamente a fazer, segundo Tibiriçá, as mesmas propostas, agora na presença do subdefensor "que a tudo assistiu".
Conta Tibiriçá que George Gomes disse: "Ainda dá tempo de evitar que a Juliana Braga vá ao Ministério Público denunciar a fraude." Tibira disse que rechaçou a ideia e mandou que a denúncia fosse feita.
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