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terça-feira, 14 de junho de 2011

Fórum de Combate à Corrupção define agenda de eventos

Evento contra corrupção vai pedir à Justiça Federal celeridade no julgamento dos processos das operações Vorax e Saúva

Por: ARISTIDE FURTADO
Membros debatem durante Fórum de Combate à Corrupção, que ocorreu ontem no Sindicato dos Jornalistas
Membros debatem durante Fórum de Combate à Corrupção, que ocorreu no Sindicato dos Jornalistas (Clóvis Miranda)

Fórum de Combate à Corrupção vai à Justiça Federal pedir rapidez no julgamento dos processos das operações Vorax e Saúva. A visita ao juiz federal Márcio Freitas, responsável pelas ações penais, foi uma das ações definidas nesta segunda-feira (13) pela organização não-governamental em reunião realizada na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas.

Os dois casos foram escolhidos como foco da ação do fórum pela repercussão que tiveram na sociedade e pela gravidade das denúncias. Os dois processos resultaram de operações da Polícia Federal.

A Vorax desestruturou uma quadrilha que fraudava licitações na gestão do ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro. Na Saúva, o alvo foram fraudes em licitações para merenda escolar e alimentos para ribeirinhos vítimas da seca que totalizam R$ 354 milhões.

A intenção dos membros do Fórum de combate à corrupção é acompanhar o desenvolvimento dos dois processos e cobrar celeridade na conclusão dos mesmos.

“Sabemos das limitações que a justiça tem em função do número grande de processos. Não estamos contra a justiça e sim a favor da população. Como representantes do Judiciário eles certamente têm a sensibilidade de que a gente tem que responder a essas demandas”, disse Wilson Reis, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e um dos coordenadores do fórum.

O evento também decidiu encampar a mobilização articulada pelo vereador Waldemir José para colher 60 mil assinaturas visando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a licitação do transporte público em Manaus.

“A licitação que houve deixou os mesmos proprietários. As mesmas linhas vão ser operadas pelos mesmos grupos. A CPI não está prevista como iniciativa popular, mas se a Câmara não se sensibilizar com a assinatura de 5% do eleitorado, precisa rever seus conceitos”, disse o vereador.

Outra ação que foi discutida pelos membros do fórum diz respeito ao acompanhamento do julgamento das contas do Caso Emparsanco no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Relatório do setor técnico do TCE, no final do ano passado, apontou pagamentos indevidos por serviços de recuperação de ruas em Manaus. A empresa ganhou contrato de R$ 87,4 milhões com a prefeitura da cidade.

Na última semana, o ex-ouvidor geral do Estado nas gestões dos ex-governadores Amazonino Mendes e Eduardo Braga, o conselheiro Josué Filho, disse não ter encontrado irregularidades na execução do contrato.
“Vou pedir informações ao TCE, por escrito, se houve outro relatório para ver o que mudou”, disse o deputado José Ricardo Wendling (PT), a membros do fórum.

ONG ajudou a cassar dois prefeitos
Um dos membros do Fórum de Combate à Corrupção, o geógrafo Enoch Cavalcante Neto ajudou a fundar no último dia 15 maio a organização não-governamental Transparência Humaitá, no município de mesmo nome, a 600 km de Manaus.

“Entramos em contato com a associação Amarribo. Eles nos enviaram uma cartilha de combate à corrupção nas prefeituras”, explicou Enoch. A Amarribo é uma associação de Amigos do município de Ribeirão Bonito (SP) cujas denúncias já levaram à cassação de dois prefeitos.

Enoch disse que a Transparência Humaitá está preparando denúncia sobre o uso de firmas de vereadores comandados por laranjas que têm contratos com a prefeitura para transporte e merenda escolar e reforma de escolas.


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