Vera Masagão, diretora-executiva da Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (ABONG) lembra que a 1ª Consocial é resultado de uma participação importante das redes de organização da sociedade civil
Para a diretora-executiva da Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (ABONG), Vera Masagão, a 1ª Consocial é resultado de uma participação importante das redes de organização da sociedade civil. Durante pronunciamento na abertura do evento ela lembrou que, em 2009, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (ABRACCI), que congrega 80 entidades de todo o País, apresentou à CGU a ideia da Conferência, que depois foi abraçada por outras entidades.
De acordo com Vera Masagão, a participação dos setores organizados foi e é importante, mas o desejo de governos mais íntegros vai além. “Essa vontade pode ser captada nas conversas cotidianas das pessoas comuns e também nas manifestações de massa, a maioria delas capitaneadas pela juventude”, explica. Em suas palavras, essa efervescência somada a algumas conquistas institucionais, a exemplo dos governos participativos, das conferências de políticas públicas, da instalação de mecanismos de prestação de contas, das Leis de Improbidade Administrativa, de Responsabilidade Fiscal e da Transparência, projetam essa luta inclusive na arena internacional.
Uma das consequências disso, segundo a diretora-executiva, é o fato de o Brasil ocupar, ao lado de outros seis países, a liderança da parceria pelo governo aberto, que é uma iniciativa mundial de promover a boa governança e o fortalecimento da sociedade civil e que conta hoje com o engajamento de mais de 40 países.
Para avaliar a responsabilidade deste trabalho, algumas balizas são consideradas, como os anseios da população, a projeção do Brasil na arena global, as energias dos milhares de participantes das etapas da 1ª Consocial e de outros processos conferenciais, além do legado de pessoas que tiveram que sacrificar a vida ou que sofreram torturas e que ainda hoje são ameaçadas por lutar por democracia, pela verdade e pelo direito à informação pública.
Neste contexto, Vera Masagão, representante das ONGs, fez o convite a todos os participantes da 1ª Consocial a se engajarem neste processo, principalmente no pós-conferência. “Vamos implementar a Lei de Acesso à Informação; vamos fechar as brechas da nossa legislação que preservam, ainda, a impunidade; vamos construir um verdadeiro sistema de participação social no País; vamos conquistar a reforma política que o País precisa; e vamos levantar a bandeira da transparência e do controle social e defender nossos direitos”, finalizou.
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