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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sindicato quer que MPE apure indícios de superfaturamente em shows contratados pela Prefeitura de Manaus

Só no Viradão Cultural e no Réveillon da cidade, foram investidos R$ 3,62 milhões, R$ 702 mil apenas na contratação da dupla Bruno & Marrone.

O Sindicato dos Músicos do Estado do Amazonas (Sindman) ingressou com uma representação no Ministério Público do Estado (MPE-AM) para apurar indícios de superfaturamento na contratação de atrações nacionais que se apresentaram em dois eventos realizados pela Prefeitura de Manaus na capital: o Viradão Cultural e o Réveillon 2011/2012, ocorridos em novembro e dezembro do ano passado e custaram aos cofres públicos R$ 2 milhões e R$1,62 milhão, respectivamente.

A entidade denuncia gastos excessivos da prefeitura, por meio das fundações municipais de Turismo (Manaustur) e de Cultura (Manauscult), com a contratação de atrações nacionais sem licitação e por valores exorbitantes, como foi o caso da dupla Bruno & Marrone, que se apresentou no Réveillon 2011/2012 na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, ao custo de R$ 702 mil aos cofres públicos.

No último dia 5, os jornais postaram uma reportagem mostrando os valores pagos aos artistas nacionais pela Manaustur durante as festas de virada do ano promovidas pela Prefeitura de Manaus em vários pontos da cidade, e que totalizaram R$ 1,62 milhões. Além da dupla Bruno & Marrone, que teve o contrato mais caro, segundo publicação do Diário Oficial do Município (DOM), também tiveram cachê acima de R$ 100 mil a banda Calcinha Preta (R$ 200 mil) e Talles Roberto e Banda (R$ 160 mil).

Na ocasião, artistas entrevistados pelo jornal cobraram uma postura por parte do sindicato. Em nota encaminhada nesta segunda-feira (09/01) aos veículos de comunicação, a entidade questiona os valores investidos no pagamento de artistas para o evento Viradão Cultural, que ocorreu em novembro de 2011, com diversas atrações também em pontos diferentes de Manaus. Conforme nota enviada pelo presidente do sindicato, Everaldo Barbosa, “a ação tem como objetivo atender diversas denúncias feitas pela classe artística, uma delas o superfaturamento nas contratações das atrações de fora do Estado”. O sindicato também cita a desvalorização dos artistas locais frente aos nacionais no quesito “cachês”.

“Ao longo do ano de 2011 recebemos diversas queixas dos músicos a respeito da supervalorização aos artistas de fora, por parte da Prefeitura, enquanto os nossos músicos da terra estão totalmente desvalorizados. Estamos aqui como entidade representativa da classe musical para lutar pelos direitos dos músicos e buscarmos a devida justiça”, enfatizou o presidente.

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