Audiência realizada nesta terça-feira (14) ouviu depoimentos de defesa relacionados a quatro réus do processo.
Depoimentos prosseguem nesta quarta-feira (Alexandre Fonseca)
O juiz federal Márcio Freitas colheu nesta terça-feira (14) o depoimento de 24 testemunhas de defesa de cinco réus de um dos três processos gerados pela operação Saúva da Polícia Federal.
Ex-assessor do governador Omar Aziz (PMN), Manoel Paulino, é um dos acusados cujas testemunhas prestaram depoimento nesta terça (14).
Os outros três réus são Roberto Carbonari, ex-membro da Comissão de Licitação da Secretaria Estadual de Assistência Social; Maristela Lago Pinheiro e Cimara Santos, que atuavam como fiscais do Conselho de Vigilância Sanitária do Amazonas; e o empresário Adams Cavalcante.
Realizada em agosto de 2006, a Operação Saúva desestruturou uma suposta quadrilha que superfaturava a venda de de merenda escolar e de cestas básicas para famílias carentes atingidas pela seca recorde de 2005 com a participação de servidores públicos do governo Estadual, do Município de Manaus e do Exército.
No dia da operação 30 pessoas foram presas. Entre elas o secretário executivo da Sefaz, Afonso Lobo, e o superintendente da Conab, Juscelino Moura.
A operação gerou três processos na Justiça Federal. Dois deles estão em fase de audiência. Ao todo, 132 testemunhas de 24 réus, de duas ações penais, deverão ser ouvidas até sexta.
Fraudes totalizaram R$ 354 milhões
Em seis anos de atuação, segundo relatos da Polícia Federal, a suposta organização criminosa flagrada pela operação Saúva teria promovido fraudes em licitações que totalizaram R$ 354 milhões. Deste valor, R$ 126 milhões só no ano de 2005.
Federal investigou empresários
O suposto esquema desarticulado pela Operação Saúva tinha como cabeça o empresário Cristiano Cordeiro. Ele, segundo dados da Polícia Federal, possuia uma holding (grupo de empresas) que se habilitava, por meios fraudulentos, ao fornecimento de merenda escolar, cestas básicas para vítimas da seca recorde do rio Solimões, e alimentos para quartéis do Exército, Governo do Estado e Prefeitura de Presidente Figueiredo.
As empresas concorriam a processo licitatórios de maneira fraudulenta em um esquema denominado de carta marcada. As firmas do grupo simulavam propostas para que uma delas vencesse a concorrência.
Militares do Exército foram indiciados no inquérito policial por fraudes na compra de alimentos para o 12º Batalhão de Suprimentos.
Muitos alimentos fornecidos estavam estragados. Entre os produtos manipulados pela suposta organização criminosa estão 230 mil cestas básicas adquiridas da Conab para as vítimas da seca de 2005.
Fonte: http://acritica.uol.com.br
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