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terça-feira, 16 de abril de 2013

REUNIÃO COM A MINISTRA PRESIDENTE DO TSE E A HOMENAGEM AO PREFEITO ADAIL PINHEIRO



A Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção, coordenada pelo deputado Francisco Praciano (PT/AM), foi recebida nesta terça-feira (16 de abril) pela Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia.

Nessa reunião, Praciano e outros deputados federais (todos eles membros da Frente Parlamentar) trataram com a Ministra Cármen Lúcia sobre as inúmeras ações eleitorais que ainda se encontram pendentes de julgamento pelo TSE e que pedem a impugnação de registros de candidaturas ou a cassação de diplomas de prefeitos fichas-sujas eleitos nas eleições do ano passado.

Um desses casos, de acordo com o deputado Praciano, foi citado o prefeito Adail Pinheiro, de Coari (AM), que desde outubro do ano passado aguarda por julgamento na Corte Maior Eleitoral e para o qual Praciano tem chamado a atenção, inclusive, em pronunciamentos na Câmara dos Deputados.

Em pronunciamento feito na semana passada (04/04), por exemplo, assim falou o deputado: “Coari não tem tido sorte e, por isso, tem sido maltratada. Nos últimos anos, a cidade foi governada duas vezes por um sujeito chamado Adail Pinheiro. Por conta desses mandatos, ele foi condenado duas vezes pelo TCU, uma vez pelo Tribunal de Contas do Estado, e foi condenado por abuso de poder econômico pelo próprio TRE. Como se não bastasse, esse cidadão é réu em 12 ações de improbidade administrativa na Justiça Federal. Esse cidadão é réu também em quatro ações penais na mesma Justiça Federal e responde por 12 execuções fiscais na Justiça Federal" afirmou Praciano.

O petista disse também que a homenagem concedida pela policia militar do Amazonas ao prefeito Adail Pinheiro é um afronta a ética e o movimento social que luta pelo fim da corrupção e da pedofilia no Amazonas. “ Enquanto faço esforço no TSE para que corruptos sejam impugnados, a policia faz homenagem a um corrupto perigoso”, cita Praciano 

A ministra do TSE informou que 96% dos processos sobre ficha sua já foram julgados e que o processo sobre o prefeito de Coari ainda precisar ir a julgamento.

sábado, 13 de abril de 2013

Mais de 70% das prefeituras no Estado têm pendências com o governo federal



Impedimento se deve a pendências de gestões passadas no cadastro de convênios da União. Associação de Municípios tenta saída para atuais prefeitos.

No Amazonas, 49 prefeituras estão impedidas de firmar convênios com órgãos federais por estarem com restrições no cadastro de convênios (Cauc).

O número equivale a 79% dos 62 municípios do Estado. Há também 49 cidades com irregularidade no cadastro de conselhos do Fundo de Educação, o Fundeb. Há prefeituras com problemas nos dois cadastros. 

Para tentar reverter a situação, a Associação Amazonense de Municípios (AAM) realiza uma reunião com todos os prefeitos na próxima terça-feira, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

De acordo com o presidente da AAM, prefeito de Boca do Acre, Iran Lima, o encontro com os prefeitos terá o objetivo de alertar e orientar os administradores sobre a necessidade de estar quites com os órgãos federais.

“Acredito que até o final deste mês, já teremos todos os conselhos funcionando nas cidades do Amazonas e as pendências de convênios atendidas. Queremos resolver estas questões o mais breve possível”, frisou Lima.

Seis itens financeiros são considerados para a inclusão de municípios no Cauc, se as cidades apresentarem irregularidade em apenas um destes itens, já estão impedidas de realizar novos convênios.

No Amazonas, Codajás, Ipixuna, Lábrea e São Gabriel de Cachoeira apresentam irregularidades em quatro destes seis itens.

Até o início da semana, todos os municípios do Estado constavam como impedidos de realizar convênios com o governo federal.

Manaus possui uma débito em aberto junto a Amazonas Energia. Por meio de sua assessoria, a Secretaria Municipal de Finanças (Semef) informou a existência de um débito junto a Amazonas Energia sobre o qual já está sendo feito um levantamento do estoque da dívida para um futuro parcelamento e regularização no sistema.

Conselhos

Desde 2008, todos os municípios devem criar os Conselho de Acompanhamento e Controle Social (CACS) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), formado por representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil, para fiscalizar a aplicação dos recursos.

Os municípios que apresentam irregularidade no cadastro do CACS podem perder os recursos do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), cujos valores variam de acordo com o número de estudantes da zona rural das cidades.

No Amazonas, o repasse anual previsto para 2013 varia desde R$ 2,7 mil, disponibilizado a Itamarati, até R$ 1,2 milhão, repassado pelo PNATE para Itacoatiara. Os valores podem deixar de ser repassados a partir do segundo semestre deste ano, caso as prefeituras não regularizem os CACS.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), 27 cidades do Amazonas apontam irregularidades por não terem alimentado o endereço eletrônico do Fundeb com as informações obrigatórias sobre os gastos dos recursos do fundo. Nos demais casos, consta que “o trabalho não foi realizado porque os conselhos ainda não foram efetivados nestes municípios”, de acordo com o presidente da AAM.

Problemas foram herdados

Problemas herdados de gestões anteriores são o principal motivo para que os atuais gestores estejam impedidos de firmar novos convênios. Em pelo menos 34 municípios dos 49 que apresentam irregularidades no Cauc, o motivo da restrição são problemas com convênios firmados antes de 2013.

No caso de Fonte Boa, a prefeitura apresenta sete convênios inadimplentes registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), sendo os mais antigos registrados em 2009 até 2012. Atualmente, 21 municípios do Estado estão registrados no Siafi.

Com três registros no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), o município de São Gabriel da Cachoeira possui um registro de inadimplência de 2010, um débito com com a Fundação Nacional do Índio (Funai) outro de 2012, referente a um conta em aberta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a ainda de um débito da atual gestão com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN).

Registros no Cadastro de Registro de Inadimplência (Cadin) atingem 21 municípios do Estado. Fazem parte do Cadin, as pessoas jurídicas e físicas com obrigações pecuniárias vencidas e não pagas para com órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta e indireta.

O maior número de inadimplênica enfrentada pelas prefeituras do Amazonas são com a Previdênica Social, de acordo com informações do Tesouro Nacional. Em todo o Estado, 23 municípios apresentam restrição com contribuições previdenciárias. No endereço eletrônico do Tesouro Nacional não é possível saber a quais datas se referem as inadimplências.

MPE investiga superfaturamento de R$ 3,3 mi em obras não realizadas na ALE-AM

Investigações apontam que o ex-presidente, deputado Ricardo Nicolau, e o diretor-geral da ALE-AM, Wander Motta, superfaturaram obras do edifício-garagem.

Por ANDRÉ ALVES

Ex-presidente da ALE Ricardo Nicolau foi o autor do projeto do edifício-garagem.
A Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE -AM) pagou R$ 3,3 milhões por obras não realizadas. A conclusão consta em investigação feita pelo Ministério Público Estadual (MPE-AM), que apurou superfaturamento na construção do edifício-garagem da Casa e identificou irregularidades na licitação do centro médico do Poder Legislativo. Juntas, as duas obras somam R$ 26,3 milhões.

A investigação aponta o ex-presidente da Assembleia, deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD), e o diretor-geral da Casa, Wander Motta, como os responsáveis pelo desvio do dinheiro público. Um laudo técnico produzido a pedido do Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e de Combate ao Crime Organizado (CaoCrimo) sustenta as conclusões do Ministério Público.

O laudo de engenharia analisou 18 itens, de um total de 105 constantes na planilha do contrato da obra de construção do edifício-garagem da ALE-AM. A obra custou R$ 23 milhões. Pelo menos R$ 3.326.651,46 foram “superfaturados por meio de quantitativos de serviços não executados, que totalizam 14,48% do total da obra”. Segundo o MP, o rombo nos cofres públicos “pode vir até a ser maior” já que, nem todas as informações requisitadas pela investigação foram respondidas pela direção da Assembleia.

Os 18 itens avaliados correspondem a 80% da obra (R$ 14,7 milhões) do edifício-garagem, e foram selecionados levando em consideração a maior representatividade do serviço no orçamento total da construção. Na análise técnica in loco, constatou-se que seis itens estavam de acordo com o contrato, quatro não foram avaliados por falta de documentos e em oito itens verificou-se superfaturamento.

“O sobrepreço final consistiu na RD Engenharia ofertar materiais com qualidades divergentes do estipulado no exigido no Edital, em quantidades aquém do exigido e em itens desnecessários à execução dos serviços e, mesmo assim, ter recebido os valores integrais por parte da ALE. Com isso, a RD Engenharia lucrou mais do que deveria contratualmente”, conclui relatório.

A empresa, conforme o laudo técnico, entregou concreto diferente do exigido e alterou a qualidade e a quantidade do material. A falcatrua contou com a ajuda da equipe de fiscalização da Assembleia, que fechou os olhos para a fraude, conforme diz o Ministério Público. “A equipe de fiscalização da ALE, ao afirmar que a empresa estava realizando o serviço com as quantidades e qualidades exigidas no Edital, apesar da própria empresa afirmar em seu Projeto Executivo o contrário, o que ensejou o pagamento da verba integral, falsearam a verdade em prejuízo do erário”.

A apuração não encontrou sobrepreço na obra do centro médico da Casa (que custou R$ 3,3 milhões), mas diz que assim como a licitação do edifício-garagem, a concorrência frustou o caráter competitivo e beneficiou a RD Engenharia.

Crime de improbidade administrativa

A investigação que apontou superfaturamento em obra da Assembleia deverá ser analisada pela Procuradoria-Geral de Justiça, em virtude do foro por prerrogativa de função do deputado Ricardo Nicolau. Conforme o relatório, ele poderá sofrer sanções previstas no Código Penal e responder por improbidade administrativa por dano ao erário e crime de responsabilidade. A denúncia cabe ao procurador-geral do MPE-AM, Francisco Cruz.

Procurado para comentar a investigação, o chefe do CaoCrimo, promotor Fábio Monteiro, não atendeu às chamadas da reportagem para o número 8159-11XX nem retornou às ligações. O deputado estadual Ricardo Nicolau também foi procurado por meio do telefone 9994-XX89, mas não atendeu as ligações nem retornou às mensagens deixadas em sua caixa postal.

Edital beneficia RD Engenharia

As exigências dos editais de licitação do edifício-garagem e do centro médico da ALE-AM foram feitas em desacordo com a lei e beneficiaram a empresa RD Engenharia, vencedora das duas licitações. A RD teve apenas duas concorrentes: a Endec Engenharia e a Metro Quadrado Engenharia. Uma das exigências foi a inscrição junto ao Fisco Estadual (Cadastro Estadual de Contribuintes). As três não preenchiam o requisito. Ainda assim, a RD Engenharia venceu.

Conforme a investigação, também contrariou a lei a exigência de que responsáveis técnicos pela obra fossem contratados pela CLT e a certificação ISO como critério de habilitação técnica, o que contraria jurisprudências do TCU. “Tudo foi elaborado para dificultar ao máximo a competitividade, com a existência de condições sequer exigidas por lei”, conclui o MP.

Diretor da ALE rebate acusações

O diretor-geral da ALE-AM, Wander Motta, afirmou que Legislativo Estadual tem como praxe seguir pareceres da Procuradoria Jurídica da Casa em todos os seus editais de licitação. “Não acredito que a Procuradoria da Casa tenha cometido algum equívoco”, disse.

Ainda de acordo com ele, as exigências dos editais de licitação foram feitas para que a Assembleia tivesse a garantia de que iria contratar uma empresa que iniciasse e terminasse as obras. Ele informou que as duas obras ficaram prontas em janeiro desse ano.

Sobre a denúncia de pagamento por obra não realizada, o diretor-geral argumentou que a Casa mantém uma equipe de engenheiros de “excelente competência”, que avaliam e fiscalizam todas as obras antes de qualquer pagamento.

“Todos os nossos procedimentos estão documentados, assinados por ambas as partes, assinado pelo então presidente da Casa e pela equipe de engenheiros”, disse Wander Motta. Ele informou que ainda não foi notificado sobre o assunto.

Para o MPE, as licitações violaram os princípios da legalidade, isonomia e competição. “Os agentes dos ilícitos são o Sr. Wander Araújo Mota e Luiz Ricardo Saldanha Nicolau (...) “uma vez que foram eles que, como ordenadores das despesas, desobedeceram as regras legais e autorizaram a realização de certame licitatório em desrespeito às regras pertinentes à espécie”, diz um trecho do documento elaborado pelo Ministério Público do Estado.

Entidades realizam ato público "Brasil contra a impunidade, NÃO À PEC 37"

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O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP/AM), o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM), a Coordenação Estadual da Campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, o delegado estadual da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e a Associação Amazonense do Ministério Público (AAMP) realizam ato público “Brasil contra a impunidade, Não à PEC 37” dia 15 de abril, às 14h, na sede do MP/AM. O evento é aberto ao público em geral.

O ato faz parte da mobilização institucional que Ministério Público em todo o Brasil está realizando, desde o último dia 8, para alertar a sociedade sobre o risco da possível aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 37, que pretende impedir o Ministério Público e outros órgãos de realizar investigações criminais.

Tramitação – A PEC 37 foi aprovada em Comissão Especial da Câmara dos Deputados em 21 de novembro de 2012, por 14 votos a 2. No dia 21 de fevereiro deste ano, o deputado Arthur Lira apresentou ao Plenário da Câmara Federal pedido de inclusão da PEC 37 na ordem do dia, para que seja pautada e votada.

Serviço

O quê: Ato público “Brasil contra a impunidade - Não à PEC 37”
Quando: Dia 15 de abril de 2013 (segunda-feira), às 14h
Onde: Sede do MP/AM, na avenida Coronel Teixeira, 7995, bairro Nova Esperança